5/31/2016

MEUS LIVROS PUBLICADOS de 1969 a 2016

1969
1975
1978
1979
1979 (como organizador)
1984
1985
1993
1997
1998
1999
2002
2002
2004/2005
2006
2006
2007
2008
2008
2009
2009
2009
2010
2010
2010
2010
2010
2011
2012 2ª ed.
2014
2015
2015
2016

Observações: note-se que em alguns livros, figuro como Organizador (como no livro "Poemas desta guerra". de Henrique Silveira) e em outros como coautor e organizador (como em "Marginais do Pomba", com Ronaldo Werneck e Fernando Cesário).




5/27/2016

A CORRUPÇÃO SEGUNDO MACHADO DE ASSIS



Os momentos de crise por que passam países de todo o mundo – advindos de escândalos de fraudes, denúncias, corrupção e outros problemas – levam até o menos preocupado dos mortais à reflexão.

Quando avançamos para o futuro, pouco podemos esperar de positivo, com a perspectiva de guerras de dominação, interesses financeiros etc. De volta ao passado, através do filtro do ficcional, vamos encontrar na literatura brasileira, porém, uma figura que nos pode fornecer elementos que, se não iluminam inteiramente o quadro, pelo menos fazem-nos pensar em como é difícil entender o gênero humano. É Machado de Assis.

Se em romances como Quincas Borba ou Memórias póstumas de Brás Cubas, o dinheiro ou o interesse impregnam por meio da condução temática a tessitura narrativa, em contos como “O enfermeiro” e “Pai contra mãe” não muda a direção temática. Em todos eles estão anotados os desvios e fraquezas do homem ainda que em diferentes formas.

Conhecedor das armadilhas da vida, o velho Machado deixa aflorar aqui e ali um riso indireto e um registro com que a ficção devolve a realidade ao real e nos oferece o belo resultado de suas criações romanescas, e isso pelo menos nos consola estética e criticamente.

Entre seus trabalhos, um exemplo que bem se encaixa aos tempos atuais é o conto “Suje-se gordo”, publicado em 1906 na coletânea Relíquias da casa velha e agora compondo os dois volumes de Contos: uma antologia (2 vol., Companhia das Letras), catalogados por John Gledson. Trata-se de uma pequena peça de cinco páginas que se inscreve na segunda fase do autor, a considerada realista.

Este conto abre-se com uma despretensiosa conversa entre dois amigos – um deles começa a narrar em primeira pessoa – que, no terraço de um teatro, aguardam o término do intervalo de uma peça intitulada A sentença ou o tribunal do júri.

A propósito do título da peça, o outro amigo toma o lugar do narrador e inicia um relato sobre sua participação em tribunais como jurado, falando de suas preocupações e escrúpulos na hora da condenação das pessoas.
Conta que, certa vez, quando foi escolhido como jurado, o réu em questão era acusado de haver falsificado um documento com o objetivo de se beneficiar com um roubo de pequena monta. Apesar da argumentação brilhante da defesa e do constrangimento do acusado, que parecia inocente, este acabou sendo condenado. Na ocasião, um dos jurados de nome Lopes, porém, salientando-se dos demais, justificou convictamente seu voto: “O crime está mais do que provado. O sujeito nega, porque todo réu nega, mas o certo é que cometeu a falsidade, e que falsidade! Tudo por uma miséria, duzentos mil-réis! Suje-se gordo! Quer sujar? Suje-se gordo!” (p. 497)

A partir deste ponto, a expressão “suje-se gordo”, que, por sinal, dá título ao conto, ressoa por toda a narrativa, vinda da mente do narrador, e significando uma condenação dupla a alguém pelo fato de ser um pequeno ladrão.

Anos depois, ao tomar parte de outro julgamento, nosso narrador encontra, agora como réu, o tal Lopes que tão enfaticamente acusara o rapaz. Lopes era funcionário de um banco onde praticara um grande desfalque – cento e dez contos de réis. No julgamento, intervêm as falas da defesa e da acusação, num jogo quase automaticamente estabelecido, e no final sai o veredito: inocente.

Aqui fica a proposição temática de Machado de Assis e nela a sua similaridade com o real, além de seu convite reflexivo.

Quanto à literatura em si, não é apenas isso. Machado constrói uma ficção em que a dúvida do personagem, que, no começo apenas se esboçara como um problema de consciência (não querer julgar ninguém para não ser julgado), passa por várias nuances e gradações envolvendo a existência humana, não só no que se refere ao ato de julgar, mas também ao de praticar o ilícito.

O riso irônico que permeia o conto tanto resvala na atitude des/humana que a vida se nos apresenta em suas mazelas morais, como na maestria com que o ficcionista mistura ao seu relato o componente teatral. Metalinguisticamente.

E o conto se encerra quando os personagens iniciais, após o intervalo teatral, retornam aos seus lugares, e um deles emite uma frase que vai deixar o leitor machadeanamente no ar: “– Acabou a música, vamos para as nossas cadeiras.” (p. 499)


(desenho sem indicação de autoria - edição "Romances brasileiros", Editora Edigraf)

5/20/2016

SINOS DA AGONIA - resenha





No capítulo sobre "O narrador", da coletânea Magia e técnica, arte e política, Walter Benjamin divide os antigos contadores de histórias em dois grupos: o do camponês sedentário e o do marinheiro comerciante, que, preservaram, com o correr dos tempos, algumas de suas marcas.
Os primeiros – os camponeses – se distinguiam pela acumulação do saber, e os marinheiros, pela busca de novidades em terras distantes, pois "quem viaja tem muito que contar", segundo o dito popular. Ambos são igualmente importantes e suas características, encontradas na vida e na personalidade dos que se dedicaram posteriormente à arte de narrar.
Machado de Assis, chamado por Luciano Trigo de "o viajante imóvel", por ter apenas uma vez saído do Rio de Janeiro (para ir a Friburgo), pertence à categoria dos sedentários, e nem por isso realizou "viagens" menos interessantes.
Ernest Hemingway (1899-1961) se enquadra muito mais no segundo grupo, não fosse a sua vida toda pontuada por viagens à procura de aventuras – participou da I Guerra Mundial como voluntário, e da II Guerra e da Guerra Civil na Espanha como repórter – das quais por certo colocou muitas de suas impressões em sua ficção.
Seu romance Por quem os sinos dobram (1940), ainda que seja um libelo contra a violência, foi ambientado na Guerra Civil Espanhola, ocorrida nos anos de 1930. Hemingway viajou como jornalista à Espanha para cobrir as operações de guerra. Protagonizado por Gary Cooper e Ingrid Bergman, o filme (1943), com o mesmo título, – e em que Katina Paxinou, no papel da revolucionária Pilar, ganhou o Oscar como melhor intérprete –, é hoje um clássico inesquecível do cinema dos anos 40.
O personagem principal do livro, o norte-americano Robert Jordan, tinha a difícil missão de dinamitar uma estratégica ponte, para facilitar o avanço das forças democráticas. Esse é o objetivo do protagonista e também a trama que envolve as ações descritas por Hemingway.
Toda a movimentação da história está vinculada à luta entre franquistas e republicanos, e é no espaço destes últimos que se dá a maioria das cenas, muitas delas pungentes e doloridas, mas sempre marcadas por reflexões, como neste diálogo entre Anselmo e Jordan:

"(...) Mas em matar um homem, que é homem como a gente, não há nada de bom para se relembrar." (p. 66)

Ou em cenas como a vivida entre Pablo, líder dos guerrilheiros, e sua mulher Maria:

"E tu – disse Pablo, num tom amargo –, com esta cabeça de boi e este coração de puta. Pensas que vai haver depois desta ponte? Tens ideia do que vai acontecer? (p. 83)
"(...) Choravas de uma maneira feia, sufocada, como se tivesse um animal dentro de si, sacudindo-o". (p. 133)

O grupo de combatentes, que comanda tanto as ações no texto – Pablo, Pilar e seus companheiros –, também passa por momentos líricos e de desespero, onde parecem entregues à própria sorte, como nestes entrecortados diálogos entre Pilar e Robert Jordan:

"(...) O outro domingo está muito longe. Se virmos a quarta-feira, já estaremos muito bem. Mas não gosto de ouvi-la falando assim." (p. 132)
"A tristeza irá se dissipar assim que o sol raiar. Ela é como uma neblina." (p. 132)

E referindo-se aos aviões inimigos, novamente Pilar e Jordan:

(...) A visão daquelas máquinas faz a gente refletir – disse a mulher. – Não somos nada contra aquelas máquinas. – Mesmo assim, podemos abatê-las." (p. 132)

Na passagem entre Fernando, ferido, e Anselmo, quase ao final do livro:

"(...) Mas agora tens o que pediste na noite passada cruzando as colinas. Estás no combate e não tens problema. Se eu morrer nesta manhã, está tudo bem." (p. 587)

A agonia de Robert Jordan, ferido mortalmente e ainda à espera do inimigo, se dá nas duas últimas páginas, em uma bela descrição, que se concentra neste fragmento:

"(...) E deitou-se bem quieto, tentando agüentar firme. Sentiu como se estivesse escorregando para dentro do sono, como a neve escorregando da montanha, e disse, agora brandamente, para si mesmo: "Deixe-me resistir até que eles venham." (p. 623)

Vale transcrever, para concluir, o pensamento do poeta John Donne, de onde Hemingway tirou o título do romance e do qual extraímos a parte fundamental:

“Nenhum homem é uma ilha, um ser inteiro em si mesmo; todo homem é uma partícula do Continente, uma parte da terra. [...] Eu pertenço à Humanidade. Portanto, nunca procures saber por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti."




O grande romancista norte-americano Ernest Hemingway.

5/15/2016

AS VERTENTES DO CAOS




AS VERTENTES DO CAOS
Os 7 céus do azul de cobalto

Joaquim Branco

Quando seguimos Joseph K, na sua busca por justiça, nos labirintos e corredores de um estranho tribunal, acreditamos que ele vai alcançá-la. É o que nos fazem intuir o protagonista da estória e o autor Franz Kafka, mesmo que seja por uma pequena fresta.
As inquietações de Dostoievski não levam ao subsolo onde pudesse sepultar seus personagens, mas à linguagem – sombria, negativa, pungente.
Estive pensando nisso quando cerrei as páginas numa releitura de "Céu azul de cobalto", minicontos de P. J. Ribeiro.
Há algo diferente neste livro, comparativamente a outros autores do gênero, que escapa de suas narrativas curtas e curtíssimas mas pensadas, naturais mas forjadas fora de um Sétimo Céu de nuvens brancas e fundo azul. Aí é que entra o cobalto – a cor e o elemento – que produz a visão cinzenta e triste do componente das bombas destruidoras da vida.
A partir daí, resolvi dividir a temática do livro no que chamarei aqui de "as vertentes do caos" ou "os 7 céus do azul de cobalto", que criam uma escala descendente que se vai aprofundando até o ponto crítico de onde não se pode mais voltar.
Já no 1º Céu, a personagem Ana Sousa começa por uma constatação amarga: "Os sonhos não foram feitos pra mim" (p. 24). É a mais suave conclusão contida nos contos.
Quando o protagonista de "Me diga logo, cara" insiste para que o outro revele um segredo, a ameaça se faz:
"(...) a noite surge e, quando isso acontece, ela se torna vingativa, cruel e acaba destilando em todos seu veneno, a começar pelas pessoas que guardam segredos tolos." (p. 74)
Esse é o 2º Céu.
Em "Hora do almoço" – que se enquadra no 3º Céu – o aposentado Lauro "tinha a sensação de sua vida ser um tremendo equívoco", o que se complementa quando ocorre a troca de sua vivência de maneira antropomórfica ao se personificar a figura dos medicamentos no lugar dos indefectíveis chinelos dos doentes: "Remédios se arrastam." (p. 76)
A atmosfera caótica ribeiriana cresce nas pequenas peças encontradas aqui e ali, como em "Asilo". Ao sentir no peito "um desespero de arrebentar coração" (p. 27), Dodô – já aqui no 4º Céu – afirma: "A desgraça do ser humano é invisível a olho nu" (p. 27), como se fosse um micróbio.
No 5º Céu, o tema da morte no término do conto é um prêmio evocativo dos avisos que ostentam certas lojas para evitar o roubo por seus próprios clientes:
"Só peço que, ao ver o meu cadáver atravessar a ponte, com destino ao fundo buraco do cemitério, sorria.
Pois, certamente você estará sendo filmada." (p. 33)
A vida e a história da vida são comparadas em "Elevação sublime", mas só para introduzir nova atmosfera do caos, numa explicação a Castro, e compõe o 6º Céu:
(...) o homem em si nada vale, ele é apenas um esqueleto recheado de carne, terra e bicho, a história é que conta (...)
A última parte – o 7º Céu – se revela em "Ansiedade". Aqui o narrador leva ao ápice a sensação caótica ao narrar o momento final de um enterrado vivo. A transcrição é integral, pois trata-se de um microconto:
"Um cheiro forte de terra entupiu-lhe as narinas.
Inerte e debilitado pelo frio, não teve forças pra encarar de perto o peso da morte.
A essas alturas, insuportável." (p. 25)
A rigor, como nos círculos infernais de Dante, os personagens dos contos de P.J.Ribeiro vão descendo a rampa do caos de cada dia, num sacrifício e numa conformação sem limites a tal ponto que, não apontando para nenhuma luz, só veem – no máximo – algo parecido com a linguagem em que estão plasmados.


5/09/2016

O FINGIMENTO CONTROLADO




O FINGIMENTO CONTROLADO (texto resumido de
ensaio para o curso de Doutorado na UERJ)

Joaquim Branco

Se Daniel Defoe (1661-1731) soubesse, no século XVIII, que seu pioneirismo como um dos criadores do gênero Romance iria, quase três séculos depois, ainda despertar interesse e opiniões, talvez esboçasse um sorriso inglês de homem prático ligado ao comércio, ao jornalismo e às coisas mundanas.
Até a chegada do Iluminismo só era aceita pela sociedade a escrita elegante das Belas Letras, representada pela poesia clássica, o teatro, a oratória e o velho romance. Não havia lugar para o cotidiano. Por outro lado, fora da aristocracia, o público, ainda diminuto, ao mesmo tempo que ansiava por se ver retratado nos livros, manteve-se, de início, refratário a mudanças. Mas logo as coisas se transformaram, e a ficção começou a dominar a cena com os romances de Rousseau, Laclos, Sterne e o próprio Defoe.
O ‘Sistema’, até esse momento, aceitava apenas os relatos que se baseassem na verdade e que não o contrariassem, e qualquer tema que fugisse disso ou extrapolasse esses ‘muros’, representaria perigo para o status quo e deveria ser combatido.
Assim é que surgiu – por parte da Igreja, dos governos, da ordem vigente enfim –, um mecanismo de censura e controle em relação aos novos livros de aventuras envolvendo temas populares. Esse conjunto de regras e sua ação em relação ao ficcional inspirou o professor e crítico Luiz Costa Lima a criar a teoria do Controle do Imaginário.
A descoberta do cotidiano, favorecida pelo aparecimento das grandes cidades como Londres e Paris, propiciou o surgimento do ficcional, quando os longos relatos foram substituídos por histórias mais curtas e que falavam mais de perto ao homem do Setecentos. Este – que o prestígio do comércio fez ascender a uma nova classe, a burguesia – se sentia pouco à vontade com as novelas pastoris e suas citações latinas, temas e personagens artificiais e o tom aristocrático de textos com figuras de linguagem que lembravam a Grécia Antiga.
Havia, por isso, um clima propício a histórias que buscassem uma sintonia com um público emergente cujas profissões variavam entre “as classes de homens práticos que procedia ao desenvolvimento do comércio, da navegação e dos misteres mecânicos, origem da indústria que no século XIX faria da Inglaterra um dos grandes potentados políticos do mundo.” (Simões, 1964, p. 6)
Recheado de princípios morais, de fantasias, profecias e ainda por cima entediante, o antigo romance era evitado pelos leitores, alguns até da própria aristocracia. Isso explica o ambiente favorável à novidade trazida pelos ficcionistas. Nessa linha, Defoe aos poucos foi conquistando uma legião de leitores no território inglês e em toda a Europa, dentro de uma nova classe, a burguesa, que substituiu a aristocracia e elegeu os valores dali pra frente.
Em 1720, ocorreu uma epidemia de peste que assolou Marselha causando cem mil vítimas mortais, e isso chamou a atenção de Defoe para o tema, pois Londres estava, na época, ameaçada de ver reacendida a peste que matara mais de duzentas mil pessoas em 1665. Aproveitando a ideia, o nosso autor, em apenas dois anos levou ao público "Um diário do ano da peste", livro que fez o maior sucesso entre leitores ingleses e europeus. Essa nova literatura buscava suas fontes nos acontecimentos e aventuras do homem comum e se distanciava dos temas caros à nobreza.
Contra essa nova onda denominada “romance”, que ‘ameaçava’ a ordem vigente, armou-se o Controle do Imaginário. Para se proteger, os autores começaram também a preparar estratagemas como: sua colocação como o próprio Editor do livro, o uso de pseudônimos em vez do próprio nome, a elaboração de prefácios em que se diziam respeitadores da religião e do poder, e, por fim, a garantia de que seu relato era a expressão da mais pura verdade.
Foi a partir do uso de todos esses artifícios e, colocando-se ele mesmo dentro do Controle, que Daniel Defoe conseguiu driblar o mecanismo que se instaurara e publicar seu livro.
Séculos de motivos religiosos e políticos dificultaram o caminho do ficcional, mas algo se abria com o Século das Luzes, que vinha com a bagagem cheia de novidades: numa mão, os filósofos do Iluminismo; na outra, os novelistas populares que aproveitavam a novidade do Romantismo. Na sociedade, uma burguesia comercial nascente a quem a História, durante tanto tempo, servira à imaginação, e agora não se interessava mais por ela nem como curiosidade.
Começou a se fazer então a perigosa travessia que mais tarde deu ao romance a sua autonomia e a Daniel Defoe a fama de pioneiro. O final de seu "Um diário do ano da peste" é muito ilustrativo, pois, ao mesmo tempo que acentua o caráter do Controle, numa auto-proclamação em tom moralizante, sintetiza tudo em um quarteto composto por versos irônicos e aliviadores:

"Aqui, não posso ir adiante. Serei considerado um censor e talvez injusto se entrar na desagradável tarefa de refletir, por qualquer que seja o motivo, sobre a ingratidão e o retorno a todas as formas de perversidade entre nós, das quais eu muito fui testemunha ocular. Concluirei, então, o relato deste calamitoso ano com um vulgar porém sincero verso de minha autoria, que coloquei no fim das minhas anotações cotidianas no mesmo ano em que foram escritas":

Terrível peste esteve em Londres
no ano de sessenta e cinco
cem mil almas levou consigo
mesmo assim, estou vivo!
(Defoe, 2002, p. 279)

Bibliografia:
Costa Lima, Luiz. “L’imaginazione e i isuoi confini”. In Il Romanzo. Itália, Torino: Giulio Einaudi, 2003.
______. Mímesis: desafio ao pensamento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
______. O controle do imaginário - razão e imaginação nos tempos modernos. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.
______. O fingidor e o censor - no Ancien Régime, no Iluminismo e hoje. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1988.
Defoe, Daniel. Um diário do ano da peste. Trad. E. San Martin. Porto Alegre, 2002.
Simões, João Gaspar. “Daniel Defoe, precursor do romance moderno”. In: Diário da peste em Londres. Lisboa: Presença, 1964.

(quadro elaborado por mim para ilustrar o trabalho)